segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Usando o blog

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Atividade aula 04 - PROINFO

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Internacionalização do Mundo

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

TICs na educação: qual é o sentido?




Por Marcus Tavares

Luiz Fernando Gomes é, atualmente, presidente da Associação Brasileira de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional (ABEHTE). Professor do programa de pós-graduação em Educação e responsável pelo Centro de Educação e Tecnologia da Universidade de Sorocaba (Uniso), Luiz está à frente da coordenação-geral do IV Encontro Nacional de Hipertexto e Tecnologias Educacionais, que será realizado nos dias 26 e 27 de setembro, em São Paulo.
O evento reunirá cerca de 400 pesquisadores/professores de todo o país com o objetivo de discutir sobre a interface tecnologia e educação no contexto contemporâneo, em especial as redes sociais. Em meio a uma série de compromissos por conta da organização do evento, o professor Luiz Fernando Gomes conversou com a revistapontocom. Direto e crítico, Luiz reflete sobre o real papel e possibilidades das tecnologias na sala de aula, sem marketing e milagres. “Não é tecnologia que muda, que melhora a educação. São as pessoas”, destaca.
Acompanhe:
revistapontocom – Pode-se dizer que o Brasil já avançou, de fato, na discussão entre TICs e educação?
Luiz Fernando Gomes – O Brasil é imenso e é difícil pensar nele como um todo, especialmente quando se trata de educação. Mas, se pensarmos em termos de acesso à internet, não há dúvida que esse acesso aumentou, embora muito mais lentamente do que gostaríamos. O computador baixou de preço e vem aí uma banda larga por trinta e poucos reais (mas não vem a internet via rede elétrica, como foi prometido…). Não sei se vejo com bons olhos o simples aumento do acesso. Junto à tecnologia vem a ideologia, as linguagens e os usos esperados. Numa ponta, aumenta o acesso, mas noutra, disseminam-se formas hegemônicas de ser, ver e de estar no mundo. Gostaria que a popularização do acesso fosse acompanhada de propostas de letramento que auxiliassem as pessoas a se inserir no mundo desta “nova escrita” de forma mais crítica e consciente. Utilizar hardwares e softwares é mais fácil, digamos, do que lidar com as linguagens e com o potencial do meio digital. Parece-me que a escola ainda não conseguiu, em seu currículo, trabalhar/superar a fase do “adestramento” para uso de softwares e hardwares. É necessário, urgentemente, que ela comece a ver o computador, como meio/canal de comunicação, como um artefato cultural e também como uma cultura. Ele funciona dentro de um contexto social e cultural. Há que se ter uma visão mais ampla. Há que se considerar sempre o “outro”, que não é outro computador, mas uma pessoa, um cidadão. É a partir do outro que a escola deveria começar a trabalhar. Há muitas práticas, muitas tentativas. Os resultados são variados e contraditórios, o que não é um mal em si. Na impossibilidade de termos uma teoria única e absoluta sobre a relação entre tecnologia e educação, uns pesquisam, outros copiam, outros repetem e outros ignoram. É assim até hoje com certas teorias linguísticas, certas pedagogias. Também não há uma relação direta entre tecnologia e aprendizagem, de modo que não se pode acreditar que a tecnologia em qualquer situação e contexto será melhor do que sem a tecnologia. A tecnologia não é “do bem”, tanto quanto “o progresso nem sempre é para frente.” A exclusão social começa pela exclusão linguística, pois é na linguagem que o sujeito se estabelece e se (re)conhece. Portanto, a presença de computador, do laboratório, traz o acesso, mas não há necessariamente algum progresso social advindo desse acesso. Não há relação direta entre melhoria na qualidade de vida das pessoas que residem, por exemplo, na periferia, e o acesso a um quiosque de máquinas conectadas oferecido pelo governo. Educação é política. Pois educação é para a cidadania, é para a coletividade, é para a sociedade. Seus reflexos devem ser sentidos na sociedade em que se insere e em seu entorno. Não é a tecnologia que muda, que melhora a educação. São as pessoas.
revistapontocom – Então a presença das TICs não fazem tanta diferença assim na aprendizagem?
Luiz Fernando Gomes – Com o conhecimento distribuído entre homens e máquinas é possível que nossas teorias de aprendizagem não dêem conta de como funciona a aprendizagem/cognição em situações de simbiose homem-máquina. Talvez o behaviorismo, o cognitivismo e o interacionismo não sejam suficientes. George Siemens, pesquisador canadense, defende o conectivismo. Mas ainda é uma teoria em construção. É razoável pensar em uma pessoa aprendendo com a outra, mas aprendendo com um computador é diferente. O conhecimento não está e não cabe na cabeça de uma única pessoa, ele está distribuído e a nossa noção do que é saber fica abalada. Saber é também, agora, saber encontrar, saber mobilizar. Claro que uma pessoa pode aprender frações sem computador. Mas se com um programa “X” essa aprendizagem for mais profunda, mais rápida, por que não utilizar o computador? Usamos, em cada época, em cada tempo, a tecnologia que nos é disponível. Não faz sentido rejeitá-la sem mais nem menos. A questão não é a tecnologia que se usa. A questão é a crença, diria mesmo fetiche, de que tudo é melhor com tecnologia. De que ela é a solução (ou mesmo parte dela). Não é. Mas, sim, pode ser. Fazem alarde do uso de notebooks, lousas digitais, celulares e outros tantos apetrechos nas escolas, mas isso é parte do marketing, do “ar de modernidade” que se quer passar. Pergunte ao filósofo Giorgio Agamben (ou acompanhe nosso seminário hipertexto 2011) e você verá que moderno é estar entre o não ainda e o já passou. Ele diz que nem a moda é moderna, pois os desenhos da coleção deste verão, na verdade, foram pensados, rascunhados, cerzidos e alinhavados na temporada de verão passado. As passarelas são do passado. Elas são fora de moda! E as modelos são démodé por definição.
revistapontocom – O senhor concorda que o hipertexto chegou meio que atropelando a escola? Ela nem havia ainda resolvido a sua relação com a mídia televisiva e já estava diante de um outro meio de comunicação: mais poderoso, impactante e revolucionário.
Luiz Fernando Gomes – A escola é lenta, paquidérmica. Nesse modelo que vem de séculos, não cabe a agilidade dos tempos de hoje. Ela tem problemas contemporâneos e tenta resolvê-los com medidas modernas do passado. Suspende, chama os pais etc. Olha sempre para trás. Não consegue ensinar para o futuro, apenas para o passado. Essa escola não está sintonizada para lidar com a liquidez [modernidade líquida, conceito do sociólogo Zigmunt Bauman] do mundo e para o desmanche da solidez da modernidade. O que ocorre é que a tecnologia é veloz e voraz. Ela tem pressa e não tem permanência. Ela quer ser consumida em gadgets e softwares, mas não quer saciar. Nunca será o bastante. A tecnologia atropelará cada vez mais a pedagogia. Os educadores sequer clamavam por tecnologia. Ela invadiu o cotidiano escolar causando problemas, mudando, desestabilizando, modificando a arquitetura das salas, laboratórios (antes eram os de Química e de Biologia). Enquanto os professores discutiam se aquilo era bom ou ruim, os alunos já haviam decidido que, sem saber se é bom ou não, “é o que todo mundo está fazendo”, e ninguém quer ser um “outsider”. A escola parece que não se importa em ser… A escola tentou (tenta) controlar a tecnologia com regulamentação sobre uso de celular em suas dependências, criar regras e criminalizar os usos e “abusos”. Ou a escola muda ou os alunos mudam… de escola. Os jovens ligam-se em comunidades virtuais, aprendem colaborativamente e desqualificam a escola. Mas há uma coisa importante: nós valemos pelo que recusamos. Rejeitar também é uma forma de ser crítico e cético. Com a tecnologia, a escola tem que ser, ao mesmo tempo, crítico e cético, mas não voltar às costas para o problema.
revistapontocom – Sempre quando se fala em TICs e educação, procuramos bons exemplos e práticas para serem, a medida do possível, reproduzidos em outras realidades. O senhor poderia indicar alguns exemplos e práticas?
Luiz Fernando Gomes – As “boas práticas” são sempre boas em seus contextos. Uma boa aula na sala “A” pode ser um desastre na sala “B” no mesmo dia, dada pelo mesmo professor. Decidir o que é bom, útil, necessário, não é papel do professor, da diretoria ou de qualquer outro superior hierárquico. O que é bom deve ser decidido e negociado com a comunidade/bairro onde a escola se insere. Entram todos: moradores, alunos, pais, professores, diretores, auxiliares. A comunidade é o currículo. É em função dela que as práticas devem ser adotadas e no olhar dela é que as práticas devem ser analisadas e criticadas.
revistapontocom – De que forma o seminário Hipertexto vem contribuindo para a melhoria da relação ensino/aprendizagem das e nas escolas?
Luiz Fernando Gomes – O professor da UFPE, Antonio Carlos Xavier, foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional (ABEHTE) e seu primeiro presidente. Fez muito pela ABEHTE. Tem um trabalho consistente na área de estudos de hipertexto. A presidência da associação é itinerante: elege-se nova diretoria a cada dois anos. Uma das principais atividades da ABEHTE é a realização dos encontros nacionais. Os três já realizados foram coordenados pelas diretorias anteriores. Teremos, agora sob minha gestão, no IV Encontro mais de 400 pessoas dos quatro cantos do país. Isso mostra a quantidade de pesquisadores envolvidos com estudos sobre hipertexto e o cotidiano escolar. A quase totalidade dos trabalhos que será apresentado nos Grupos de Discussão refere-se a atividades desenvolvidas em sala de aula. São pesquisas de pesquisa de campo. O mesmo se pode dizer das oficinas e minicursos. Assim, embora a ciência não esteja vinculada à aplicação prática das teorias que desenvolve e dos processos que estuda, há uma relação muito consistente entre teoria e prática no caso dos estudos sobre hipertexto. Como os estudos sobre o hipertexto não são exclusividade de uma área do saber, o evento reúne pesquisadores das áreas de educação, lingüística, lingüística aplicada, comunicação, literatura e informática. Dentre eles muitos são professores também.
revistapontocom – O tema deste ano é a interface da escola com as redes sociais. Por quê?
Luiz Fernando Gomes – A ideia original da internet era conectar computadores de forma a distribuir os dados e informações, de modo a protegê-los, pois em caso de um ataque (era o tempo da Guerra Fria) num servidor, outros teriam os mesmos dados e informações. Com o advento dos PCs, a rede aumentou, mas logo se percebeu que a rede era mais que uma conexão entre computadores, e sim entre pessoas. Com os programas tipo Orkut e Facebook, a ideia era conectar não mais pessoas isoladas, mas ligá-las por algo que tivessem em comum. A isso se chamou redes sociais. De fato, esses programas mencionados não são redes – o termo social é praticamente desnecessário – o homem vive em sociedade, é um ser social, então suas redes de relacionamento são sociais! Essas redes apenas potencializam a formação de redes. A rede somos nós. As pessoas que delas participam desde, bem claro, que haja ações realizadas por seus membros! Uma rede é mais que ter nomes de pessoas ligados ao seu perfil! A maioria das pessoas inscreve-se nas redes para estarem juntas, para aumentarem sua visibilidade e seu capital social. Torna-se um “must”. As pessoas se encontram nas redes de que fazem parte, se identificam nas “comunidades” e sentem-se pertencendo a algum “lugar” ou “turma” como se dizia antigamente. Não importa muito se isso é bom ou ruim. Bom é estar junto. Esse é o hiperindividualismo [conceito do sociólogo Gilles Lipovetsky]. Mesmo que os objetivos sejam pessoais ou egoístas, as pessoas se inscrevem em comunidades. Interessante, pois comunidade indica ter algo em comum. Às vezes têm mesmo, mas pode ser também que o que haja de mais em comum entre eles seja o individualismo. Do mesmo modo que falamos sobre educação, as redes vão se formando. O conceito original se perde e logo vem outra novidade, sem que tenhamos digerido a de ontem.
revistapontocom – Então o que podemos esperar no evento deste ano?
Luiz Fernando Gomes – O evento tenta dar um passo além nessa discussão sobre as tais redes sociais. Propusemos como tema a discussão sobre os usos sociais da escrita (letramento) e do computador conectado e seus reflexos sobre as comunidades. Queremos discutir de que modo a tecnologia tem abalado ou provocado a escola no sentido de olhar além de seus conteúdos programáticos tradicionais e incluir neles o uso das linguagens verbal, audiovisual e verbovisual para, por exemplo, conectar pessoas e comunidades entre si. Entender como se dão os processos de letramento na educação não-formal, nas lan houses e quiosques e a cultura da transmídia. Esperamos que os pesquisadores voltem para suas instituições e salas de aula inspirados não apenas a inserir tecnologia no cotidiano escolar, mas dispostos a provocar mudanças profundas nos modos como nos relacionamos com a escola, com a educação e com a sociedade.

Jovem contemporâneo: quem é ele?



Por Tiago Cabral Dardeau
Coordenador do Curso de Roteiro do NAVE

A cibercultura ou Cultura Digital traz elementos que precisam ser considerados e incorporados pela escola, para que a mesma acompanhe as transformações que vem ocorrendo, principalmente no campo da comunicação. A expressividade cotidiana dos jovens na contemporaneidade deve ser investigada sob o ponto de vista cultural, possibilitando novas práticas pedagógicas significativas.
Compreender esse jovem contemporâneo atuando no “espaço liso” [expressão deleuziana para classificar o espaço das subjetividades, dos movimentos não lineares, das emoções], com suas multiplicidades, sensibilidades e complexidades é um caminho a ser trilhado para construção de novas relações de ensino e aprendizagem.
As instituições de ensino, em sua maioria, ainda adotam um sistema pedagógico calcado em processos homogêneos, autoritários, unidirecionais, projetados para a Era Industrial. A escola dos estudantes do século XXI tem o modelo do século XIX.
Na década de 80 o conceito de letramento apontou para “a necessidade de reconhecer e nomear práticas sociais de leitura e de escrita mais avançadas e complexas que as práticas do ler e do escrever resultantes da aprendizagem do sistema de escrita.” (SOARES, 2004).
No mesmo campo de ampliação e contextualização das práticas educativas, nesta segunda década do novo século, um outro caminho é pensar a Educação a partir de “Múltiplos Alfabetismos”, definição proposta pelo New London Group. (O grupo é composto por pesquisadores renomados de nacionalidades americana, inglesa e australiana. Foi assim nomeado por conta do lugar onde se encontraram pela primeira vez , em 1994: New London, em New Hampshire, EUA. Em 1996, o grupo publicou o primeiro artigo intitulado “A Pedagogy of Multiliteracies: Designing Social Futures”, na revista Harvard Educational Review).
Complementando a necessidade dos múltiplos alfabetismos, é importante também repensar as relações professor-aluno; ensino-aprendizagem; passividade-interatividade; individual-cooperativo; espaço-tempo. No mundo contemporâneo, tão importante quanto a bagagem de conhecimento, é o saber procurar, saber fazer escolhas, analisar e criticar qualificadamente. Repensar essas relações sob a luz da cultura digital significa repensar a Educação: os processos de ensinar e aprender, os espaços físicos, os tempos de aula, os currículos, as turmas. As críticas ao que deve mudar na Educação já ganharam forma há algum tempo, porém, o novo, aquilo que deve fortalecer novos paradigmas, ainda precisa ser testado, validado empírica e teoricamente.
Talvez uma dessas mudanças possíveis, e a mais evidente e urgente, seja a compreensão da necessidade de participação da escola na cultura digital, dialogando com os educandos através de uma linguagem contemporânea, que se aproxime de suas práticas sociais.

domingo, 4 de setembro de 2011

Avaliação em EAD



A Educação refere-se à prática e ao processo de ensino-aprendizagem que leva o aluno a aprender, saber pensar, criar, inovar, construir conhecimento. É um processo de humanização que alcança o pessoal e o estrutural, partindo da situação concreta em que se dá a ação educativa para a abstração. Durante todo esse processo, existe a necessidade do avaliar. Avaliar no sentindo bem mais amplo do que apenas o próprio conhecimento ou conteúdo adquirido.
Durante todo o percurso de um professor presencial, o grande desafio foi a questão avaliativa. Usamos em diversas situações, talvez por fragilidade, formas de avaliar que apenas mostrávamos a capacidade de reprodução dos nossos alunos. Sempre com o intuito de avaliar, muitas vezes fomos os responsáveis por desenvolver nos mesmos temores e calafrios.Até mesmos nos alunos ditos como inteligentes, a avaliação deixava sombras de dúvidas quanto ao aprendizado e aplicabilidade da mesma.
Os tempos são outros, vivemos num mundo globalizado aonde a informação vem atrás de nós. Com o surgimento e afirmação da educação aberta, surge, também, um aluno que tem instrumentos próprios de aprendizagem. Se necessário, saberá procurar nas instâncias tutoriais seus próprios objetivos. Vem então o grande desafio: Como avaliar esse perfil de aluno? Pensando a educação como um processo de construção contínuo e dinâmico, como submeter o aluno a um processo avaliativo pautado no tradicional, seria a forma mais adequada?
A aprendizagem será significativa se tiver uma aplicabilidade na vida do aluno
levando-o a utilizar-se dela para reconstruir, refletir e recriar seu contexto social .Avaliar,
então, seria um processo contínuo, observando os trabalhos coletivos ou individuais, participações em fóruns, chats, mediados pelo professor, permitindo ao aluno trilhar novos caminhos que o levem à aprendizagem, pois não podemos deixar de realçar que o foco da avaliação em EaD, está na análise da capacidade de reflexão crítica e colaborativa do aluno diante das próprias experiências e vivências compartilhadas com os colegas de curso.


Jussara Rezende de Oliveira
Especialista em Educação a Distância

Tecnologia na Educação




Jose Aravena Reyes é graduado em Engenharia Naval pela Universidad Austral de Chile. Concluiu mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na área de sistemas do programa de Engenharia Oceânica. É professor da UFJF desde 1998, vice-coordenador geral do NEAD e líder do Núcleo de Estudos e Projetos em Educação Tecnológica.

NEAD - Qual o objetivo da pós-graduação em Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Fundamental (TICs)?
Aravena - O principal objetivo do curso é preparar os professores das escolas para a apropriação das tecnologias e para a utilização destas tecnologias na rede do ensino fundamental. Com isso, os professores devem se tornar agentes de mudanças dentro da escola.


NEAD - Então ser professor é um pré requisito para ingressar nesta pós-graduação?
Aravena - Esta é uma das qualificações exigidas. Além disso, é feita uma análise baseada na experiência profissional do professor, que deve, obrigatoriamente, trabalhar na rede pública.


NEAD - Qual a importância do emprego das novas tecnologias na educação?
Aravena - Atualmente o processo de cognição sofreu alterações e as tecnologias auxiliam continuamente nestas mudanças, tornando a aprendizagem mais fácil. Por outro, lado há uma questão circunstancial, o Governo Federal tem o projeto de oferecer computadores e internet para todas as escolas, por isso, as tecnologias serão utilizadas amplamente, não só no processo de ensino e aprendizagem mas também na distribuição de atividades rotineiras. Na medida em que os professores se apropriam disto eles se tornam capazes de suprir esta demanda que o governo deseja.


NEAD - Este é ainda um projeto do governo ou já esta sendo implantado?
Aravena - É um processo em andamento, mas sabemos que a escola sempre foi prejudicada pelo contexto. Existe uma diferença entre aquilo que nós pensamos sobre educação e o que realmente acontece. Por exemplo: quando houve uma iniciativa grande do governo em colocar vídeo cassete, televisão e antenas nas escolas, para trabalhos com vídeo, tecnologicamente o problema estava solucionado, mas não pedagogicamente. Muitas vezes os professores não sabiam usar ou a própria cultura da escola não permitia. Os equipamentos ficavam trancados porque os responsáveis tinham medo da deteriorização dos mesmos.

O que queremos hoje é que os professores estejam capacitados e possam dar um salto qualitativo na utilização de ferramentas tecnológicas. Estamos vivenciando uma tradição de investimento no ensino fundamental e acreditamos que a especialização do professor será o diferencial no processo.


NEAD - A proposta do curso, então, é qualificar os professores para o emprego e utilização das novas mídias nas escolas?
Aravena - Este é um dos aspectos que fundamenta o projeto político pedagógico do curso. A proposta é bem mais ampla, ela é contextualizada, consideramos importante analisar o que está acontecendo nas escolas e quais as atividades da escola.


NEAD - Você acredita que o uso destas novas tecnologias no ensino fundamental é uma forma de inserção social?
Aravena - Sim, sem dúvida. Mas também não há uma perspectiva romântica nisso. Há um interesse de que isso se materialize, entretanto a realidade muitas vezes é completamente diferente, não cumpre com as condições mínimas para que exista de fato a inclusão.

A inclusão não é somente tecnológica mas também social, a medida que as pessoas do interior, sem acesso ao sistema de ensino superior público, passam a tê-lo com a educação a distância. O que ocorre é uma valorização da vida no interior, do trabalho local capaz de resgatar o conhecimento tradicional e promover o desenvolvimento local das comunidades. Tudo isso acaba trazendo as pessoas para o que chamamos hoje de um mundo globalizado.


NEAD - Existe algum projeto social em desenvolvimento nos polos em prol desta inserção?
Aravena - Temos vários projetos, tanto consolidados como em fase de prospecção. No último verão, em janeiro, nós exigimos que os tutores que trabalham nos polos desenvolvessem projetos de apoio a comunidade. Tivemos oficinas de cinema, cine clubes, algumas propostas de cursinhos para as escolas foram resgatadas e o que estamos desenvolvendo agora é o intercambio de cultura entre os polos e a Universidade. O que queremos é que eles possam usar outros espaços da vida universitária, caracterizada pela transdisciplinaridade e acesso à expressão artística, cultural, política e social de uma instituição como a nossa.


NEAD - Você acredita que os alunos formados neste curso à distancia tenham um diferencial por já estudarem fazendo uso destas tecnologias?
Aravena - Com o curso os profissionais resgatam espaço no mercado. Os alunos tem sim um diferencial, que não pode ser visto puramente em termos profissionais ou de empregabilidade, ele se traduz numa vida múltipla: a vida na internet com a possibilidade de estar no global sem sair do local e transmitir aspectos culturais deste local para o global.

Existe um diferencial significativo para o aluno que se especializa a distância, ele adquire a auto disciplina, a capacidade de se organizar e do aprender a aprender. Na educação a distância o aluno acaba tendo uma grande responsabilidade no desenvolvimento do curso, criando condições de dar continuidade de forma autônoma e independente. No presencial, isto não é explorado, o curso é desenvolvido mais na fala dos professores e não na dedicação do aluno que consiste a prática concreta do processo educacional.


NEAD - Como o mercado de trabalho receberá esses profissionais?
Aravena - Nosso interesse maior é reforçar o trabalho dos professores nas escolas. Certamente que isto representará um ganho, a especialização já traz um diferencial em termos de salário. A experiência vivenciada fará com que esses professores atuem em outras áreas e espaços do mercado das universidades privadas e setores privados da economia

sábado, 3 de setembro de 2011

Atividade de casa Aula 3 - PROINFO

1)Visite o site:www.eca.usp.br/moran/
Na opção "Educação inovadora", escolha um texto para você ler. Após a leitura, produza um texto sobre o que você leu.Atenção: no seu texto deve haver um link com o texto lido como referência bibliográfica.

2) Assista ao vídeo "A Revolução da Mídia Social"

3) Leia o texto:"O Professor não é capacitado para usar o computador na sala de aula"

A Revolução da Mídia Social (legendado) / Social Media Revolution

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Professor não é capacitado para usar computador na sala de aula



Segundo pesquisa TIC Educação 2010, 64% afirmam saber menos que alunos sobre uso de ferramentas

O professor brasileiro precisa de capacitação para usar as ferramentas de tecnologia da informação e comunicação na sala de aula. Essa foi a principal conclusão do debate realizado pelo Comitê Gestor de Internet nesta terça-feira (30), em São Paulo, sobre os desafios para o crescimento da internet no Brasil, durante o lançamento oficial das pesquisas de 2010 do Cetic.br, TIC domicílios, empresas e, pela primeira vez, educação.

Um dos principais dados apresentados é pouco surpreendente: segundo o diretor do centro de estudos, Alexandre Barbosa, 64% dos professores entrevistados concordam que seus alunos sabem usar melhor que eles o computador e a internet. Apesar disso, 63% acreditam que seu nível de habilidade seja suficiente para realizar as atividades da profissão.

Para Barbosa, a questão que os dados levantam é se as políticas públicas de TIC estão sendo corretamente implementadas, especialmente na educação. Apesar de programas do governo como Um Computador Por Aluno e o Programa Banda Larga nas Escolas, houve poucas iniciativas no desenvolvimento do uso pedagógico da infraestrutura tecnológica oferecida.

“A educação foi atropelada pelas políticas públicas de TIC nas escolas”, disse a consultora da Unesco Maria Inês Bastos. Para a professora, raramente se discute o uso desse conhecimento nas escolas e como integrar o computador ao processo de aprendizado.

Professor tem que ser líder

De acordo com o estudo TIC Educação, 53% das escolas afirmam ter programas de capacitação para seus professores. No entanto, 75% dos docentes dizem que sua principal fonte de apoio no desenvolvimento de habilidades tecnológicas vem do contato informal com outros profissionais da área.

Para Demi Getschko, conselheiro do CGI e presidente do NIC.br, o braço executivo do comitê, a função do educador é guiar o aluno em seu uso da internet. “Não precisa competir com o aluno em conhecimento”, disse. Maria Inês concorda: “O professor é mais que um instrumentador, ele é líder”.

A professora enfatizou a necessidade de haver uma capacitação para o uso das tecnologias já na formação inicial do professor, e não apenas nos cursos de pedagogia ou como formação complementar, “até para reduzir os custos da capacitação”, afirmou.

Fonte: Tele.Síntese
Autor: Redação
Revisão e Edição: de responsabilidade da fonte

Quem sou eu

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Licenciada em Letras, trabalho há 20 anos na área educacional. Sou tutora do Curso Técnico em Meio Ambiente, pelo IFET Sudeste de Minas Gerais - campus Rio Pomba e atuo como tutora de informática na E.M.Vigário Cassimiro.Administro uma escola de acompanhamento pedagógico.

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