domingo, 2 de outubro de 2011

A lição digital



Do computador à lousa digital, pesquisas inéditas mostram quando e como a tecnologia realmente funciona na escola

Poucos segundos depois de bater o sinal que anunciava o início da aula de ciências, os alunos do 6º ano começaram a entrar na classe da professora Leika Procopiak, cada um carregando seu próprio laptop, trazido de casa. Ao se acomodar nas mesas, nenhum deles tirou da mochila um caderno ou um livro. Abriram seus computadores, conectaram-se à internet (sem fio e de alta velocidade) e estavam prontos para aprender a lição do dia: fotossíntese. “Cada dupla decide quais das atividades fará hoje”, disse ela, no início da aula.

Sem usar a lousa e movimentando-se pela sala, Leika passou os 80 minutos seguintes orientando pesquisas em bancos internacionais de dados on-line sobre fontes de energia. Ajudou a fazer simulações gráficas de como variações da luz e da temperatura podem afetar o resultado da fotossíntese. Corrigiu exercícios propostos a partir de vídeos a que os alunos assistiram em sites especializados na web. Depois, cada dupla de alunos produziu um relatório, compartilhado com os colegas e com a professora pelo serviço de arquivos on-line Google Docs. O sinal marcando o fim da aula bateu e nenhum caderno saíra das mochilas.

Essa aula aconteceu na Graded School, uma das melhores escolas de São Paulo. É o tipo de atividade com que sonham pais deslumbrados com a parafernália tecnológica que atualmente é alardeada por colégios particulares. Escolas que muitas vezes cobram mensalidades mais altas por isso. Há mais de 25 anos tenta-se comprovar a eficácia do uso da tecnologia no ensino. Mas depois de tanto tempo, e de tanto marketing, ainda resta a pergunta: usar tecnologia para ensinar faz os alunos aprender mais?

A resposta é sim. Dois estudos inéditos demonstram como a tecnologia ajudou a melhorar as notas de alunos da rede pública. A Fundação Carlos Chagas (FCC) acaba de concluir uma avaliação dos alunos de todas as escolas públicas do município de José de Freitas, no interior do Piauí, que desde o início de 2009 estudam com o apoio de lousas interativas, laptops individuais e softwares educativos. De acordo com o estudo, esses alunos melhoraram sua média de matemática em 8,3 pontos, enquanto os que não usaram a tecnologia avançaram apenas 0,2 ponto. O segundo estudo, da Unesco, braço das Nações Unidas para a educação, avaliou o desempenho de alunos de escolas públicas de Hortolândia, em São Paulo, que usaram salas de aula com lousa digital e um computador por aluno. O avanço foi de duas a sete vezes em relação aos colegas em salas de aula comuns.


O sucesso, porém, depende de como a tecnologia é usada. Não adianta trocar o caderno por notebook ou tablet sem ter estratégias e conteúdo para usá-los. Isso ficou claro em alguns fracassos no uso dos computadores. O Banco Mundial divulgou, no fim do ano passado, a avaliação de um programa do governo colombiano que distribuiu máquinas para 2 milhões de alunos. O impacto nas notas de espanhol e matemática foi próximo de zero. Em alguns casos, as notas até pioram depois da chegada dos aparelhos. Em 2007, uma pesquisa do Ministério da Educação do Brasil mostrou que alunos que estudaram, por três anos, em escolas com computador estavam pelo menos seis meses atrasados no aprendizado em relação aos outros. Em ambos os casos, os pesquisadores se limitaram a contar se havia computador na escola. Não avaliaram se as máquinas eram usadas para dar algum conteúdo, além dos cursos de processadores de texto e planilhas.

É por isso que, nos países mais adiantados na implantação de tecnologia, a discussão hoje é como usar a tecnologia da melhor forma. Nos países ricos, a questão do acesso às máquinas foi superada. Cerca de 97% da rede pública americana tem um computador por aluno. Na Alemanha, mais de 30 mil escolas estão equipadas desde 2001. Mas, depois de tanto tempo usando computador na sala de aula, as estatísticas de aprendizado nacionais não melhoraram significativamente. A pergunta é como usar a tecnologia de um jeito diferente. A Inglaterra criou um departamento só para pesquisar e avaliar o uso inovador da tecnologia em sala de aula. Na Coreia do Sul, o governo percebeu que, sem um conteúdo curricular fortemente relacionado à tecnologia, ela teria pouco efeito. Começou a produzir novos materiais didáticos para os computadores. “Ainda tendemos a conceber o papel da tecnologia como algo a que basta o aluno ter acesso que as coisas vão melhorar”, afirma o americano Mark Weston, estrategista educacional da fábrica de computadores Dell. “Essa era a ideia há 30 anos, mas agora sabemos que também é preciso ter boas práticas de ensino.” (Leia a entrevista com Weston)A seguir, cinco práticas que ajudam a tecnologia a ensinar.

1. Saber para que usar a tecnologia
A tecnologia precisa ser usada com um propósito. A professora Leika, da Graded School, planejou a aula descrita no começo desta reportagem porque queria que os alunos aprendessem na prática a teoria que ela tinha ensinado, do jeito tradicional, na aula anterior. “Planejei em casa e pesquisei as melhores fontes para que isso acontecesse”, diz. Na sala de aula, quem domina a estratégia é o professor, mas também é decisão da escola, ou até de uma rede inteira, como usar determinada tecnologia.

Em segundo lugar, o conteúdo tecnológico deve ser complementar ao transmitido da forma tradicional. “Não adianta dar para o aluno ler no computador o mesmo texto que ele leria no livro didático ou na apostila. Isso não o fará aprender mais ou melhor”, afirma Marcos Telles, diretor da Dynamic Lab, uma empresa de tecnologia de educação.

Essa integração entre a tecnologia e o conteúdo das aulas é o maior desafio das escolas. As escolas municipais de Matinhos, no Paraná, tinham uma demanda específica: melhorar as notas de português e matemática de todos os 3 mil alunos da rede, com equidade. Foram atrás de um software educacional feito sob medida para isso. No computador, o aluno faz atividades interativas e evolui para as mais difíceis, de acordo com seu ritmo de aprendizado. “Alunos aprendem de jeitos diferentes e, no ensino tradicional, os que estão para trás acabam fadados ao fracasso por não receber acompanhamento adequado”, afirma Betina von Staa, pesquisadora da Positivo Informática, que faz os softwares educativos. Marcos Vinicyus de Oliveira, de 7 anos, poderia ter sido um deles. Em 2010, estava no 2º ano e ainda não conseguia ler nem cumprir tarefas mais simples, como copiar a lição da lousa. “Agora consigo juntar as letras no computador”, diz. Marcos aprendeu a ler e a escrever depois de começar a usar o programa.


PROJETO
Alunos do 6º ano do COC Vila Yara, em Osasco, numa aula de robótica. Eles aprendem habilidades como trabalhar em grupo e dividir tarefas
2. Transformar o jeito de dar aula
Para usar qualquer tecnologia, da câmera digital ao computador, é preciso abandonar a geografia tradicional da sala de aula, aquela que coloca o professor na frente do quadro e os alunos enfileirados anotando tudo. Uma das tecnologias mais antigas em prática nas escolas brasileiras e que dá certo é a robótica. Ela reforça a ideia de ensinar de forma diferente: são aulas em que os alunos, sempre em grupo, precisam executar um projeto: programar e montar um robô. “Aprendi a trabalhar em equipe e a prestar atenção em pequenos detalhes”, diz César Henrique Braga. Ele acabara de terminar seu primeiro robô, um jipe lunar, com outros três colegas do 6º ano do colégio COC Vila Yara, em Osasco, São Paulo. “O aluno precisa aprender a usar o conhecimento para criar”, diz Paulo Blikstein, professor da Escola de Educação da Universidade Stanford.

Blikstein ensina professores da rede pública dos Estados Unidos a ensinar em ambientes com tecnologia. Para ele, a vocação da tecnologia é ajudar no ensino por projetos. Essa estratégia parte dos conteúdos do currículo tradicional, como escrita e matemática, para desafiar os alunos a executar tarefas criativas, como fazer um filme. E essas habilidades dificilmente são ensinadas nas aulas tradicionais.

3. Mudar a relação entre professor e aluno
Segundo Blikstein, um dos maiores desafios na hora de usar tecnologia é mudar a prática e a mentalidade dos professores. Isso aconteceu no início do projeto em Hortolândia, estudado pela Unesco. Ele foi elaborado e executado por especialistas em educação da fabricante de computadores Dell e da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. O objetivo era melhorar o aprendizado de português e matemática de 5.500 alunos do 6º e 7º ano do ensino fundamental e 1º e 2º ano do ensino médio, de 23 escolas estaduais. As salas de aula ganharam um computador por aluno e lousa digital, com material didático digital desenvolvido por educadores da Universidade de São Paulo (USP).

Foi preciso um ajuste de cara. As aulas não estavam durando o tempo planejado. O material fora criado para aulas de 50 minutos. Mas elas acabavam em apenas 20. Isso porque os professores usavam a lousa digital como se fosse um quadro-negro tradicional. “Eles não davam espaço para os alunos interagirem com a lousa”, diz Ricardo Menezes, diretor da área de educação da Dell para o Brasil.

A prática do professor também está ligada a sua relação com o aluno e a seu domínio sobre a classe. A concentração dos alunos na aula é um dos fatores mais determinantes para que eles de fato aprendam. Várias pesquisas e estudos já foram feitos sobre isso, mas não existe uma fórmula mágica que garanta que garotos se interessem mais por cálculos de raiz quadrada do que por bater papo com um colega. Mas alguns especialistas dizem e pesquisas demonstram que, usada da maneira correta, a tecnologia pode sim ajudar a prender a atenção. “Como é uma linguagem que o aluno conhece, o professor se aproxima com mais facilidade”, diz Maria Elizabeth Almeida, professora do programa de pós-graduação em educação curricular da PUC de São Paulo.

4. Formar e treinar os professores
No Brasil e no mundo, a maioria dos professores ainda não consegue justificar o uso da tecnologia na classe. “Eles não têm a formação adequada para isso”, diz Weston, da Dell. Não por acaso, o projeto de Hortolândia foi executado pela Escola de Formação de Professores do Estado de São Paulo. “Não adianta colocar tecnologia na escola sem dar a formação adequada aos professores”, diz Vera Cabral, diretora da escola. O próximo passo é levar o projeto para toda a rede e treinar professores em grande escala.

Há duas maneiras de fazer a formação dos professores. A primeira é colocar os formadores, monitores especializados na tecnologia e no conteúdo, dentro das salas de aula, como fez um projeto conjunto do Estado do Piauí, do município de José de Freitas, e da Positivo. Francisca das Chagas Lopes da Silva dá aula no 4º ano de uma escola estadual da cidade. Formada em pedagogia, ela não sabia como fazer o planejamento diário de suas aulas, nem aprendeu na faculdade a avaliar seus alunos de outra forma a não ser as tradicionais provas bimestrais. Ao participar do projeto, Francisca passou a dar aulas acompanhada por monitores. O planejamento das atividades fazia parte do treinamento, assim como fazer o registro de tudo o que acontecia em classe para avaliar melhor o desenvolvimento dos alunos. “Aprendi a ensinar usando a tecnologia, mas também aprendi a planejar. Se eu for planejar uma aula qualquer, do jeito tradicional, farei isso melhor do que antes”, diz.

A segunda estratégia para formar os professores é mais comum nas escolas particulares. Ali, a formação acontece mais por iniciativa de cada professor do que em cursos oferecidos pelos gestores. No Beit Yaacov, colégio particular de São Paulo, a estratégia adotada foi deixar a cargo dos professores quando e qual tecnologia usar. Os profissionais são estimulados a pesquisar por conta própria novas tecnologias e as maneiras de usá-las, inclusive no ensino infantil. A partir da experiência de cada um, o que dá certo é adotado pelo resto da escola e o que deu errado é aperfeiçoado. “Sem o envolvimento de todos os professores, não há como criar e fortalecer uma cultura digital dentro da escola”, afirma Silvana Del Vecchio, coordenadora de tecnologia do colégio.

Fonte:http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI242285-15228,00.html

Por que não se investe em Educação no Brasil?

Miséria da educação no Brasil não é um acidente, mas sim uma obra de séc...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Usando o blog

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Atividade aula 04 - PROINFO

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Internacionalização do Mundo

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

TICs na educação: qual é o sentido?




Por Marcus Tavares

Luiz Fernando Gomes é, atualmente, presidente da Associação Brasileira de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional (ABEHTE). Professor do programa de pós-graduação em Educação e responsável pelo Centro de Educação e Tecnologia da Universidade de Sorocaba (Uniso), Luiz está à frente da coordenação-geral do IV Encontro Nacional de Hipertexto e Tecnologias Educacionais, que será realizado nos dias 26 e 27 de setembro, em São Paulo.
O evento reunirá cerca de 400 pesquisadores/professores de todo o país com o objetivo de discutir sobre a interface tecnologia e educação no contexto contemporâneo, em especial as redes sociais. Em meio a uma série de compromissos por conta da organização do evento, o professor Luiz Fernando Gomes conversou com a revistapontocom. Direto e crítico, Luiz reflete sobre o real papel e possibilidades das tecnologias na sala de aula, sem marketing e milagres. “Não é tecnologia que muda, que melhora a educação. São as pessoas”, destaca.
Acompanhe:
revistapontocom – Pode-se dizer que o Brasil já avançou, de fato, na discussão entre TICs e educação?
Luiz Fernando Gomes – O Brasil é imenso e é difícil pensar nele como um todo, especialmente quando se trata de educação. Mas, se pensarmos em termos de acesso à internet, não há dúvida que esse acesso aumentou, embora muito mais lentamente do que gostaríamos. O computador baixou de preço e vem aí uma banda larga por trinta e poucos reais (mas não vem a internet via rede elétrica, como foi prometido…). Não sei se vejo com bons olhos o simples aumento do acesso. Junto à tecnologia vem a ideologia, as linguagens e os usos esperados. Numa ponta, aumenta o acesso, mas noutra, disseminam-se formas hegemônicas de ser, ver e de estar no mundo. Gostaria que a popularização do acesso fosse acompanhada de propostas de letramento que auxiliassem as pessoas a se inserir no mundo desta “nova escrita” de forma mais crítica e consciente. Utilizar hardwares e softwares é mais fácil, digamos, do que lidar com as linguagens e com o potencial do meio digital. Parece-me que a escola ainda não conseguiu, em seu currículo, trabalhar/superar a fase do “adestramento” para uso de softwares e hardwares. É necessário, urgentemente, que ela comece a ver o computador, como meio/canal de comunicação, como um artefato cultural e também como uma cultura. Ele funciona dentro de um contexto social e cultural. Há que se ter uma visão mais ampla. Há que se considerar sempre o “outro”, que não é outro computador, mas uma pessoa, um cidadão. É a partir do outro que a escola deveria começar a trabalhar. Há muitas práticas, muitas tentativas. Os resultados são variados e contraditórios, o que não é um mal em si. Na impossibilidade de termos uma teoria única e absoluta sobre a relação entre tecnologia e educação, uns pesquisam, outros copiam, outros repetem e outros ignoram. É assim até hoje com certas teorias linguísticas, certas pedagogias. Também não há uma relação direta entre tecnologia e aprendizagem, de modo que não se pode acreditar que a tecnologia em qualquer situação e contexto será melhor do que sem a tecnologia. A tecnologia não é “do bem”, tanto quanto “o progresso nem sempre é para frente.” A exclusão social começa pela exclusão linguística, pois é na linguagem que o sujeito se estabelece e se (re)conhece. Portanto, a presença de computador, do laboratório, traz o acesso, mas não há necessariamente algum progresso social advindo desse acesso. Não há relação direta entre melhoria na qualidade de vida das pessoas que residem, por exemplo, na periferia, e o acesso a um quiosque de máquinas conectadas oferecido pelo governo. Educação é política. Pois educação é para a cidadania, é para a coletividade, é para a sociedade. Seus reflexos devem ser sentidos na sociedade em que se insere e em seu entorno. Não é a tecnologia que muda, que melhora a educação. São as pessoas.
revistapontocom – Então a presença das TICs não fazem tanta diferença assim na aprendizagem?
Luiz Fernando Gomes – Com o conhecimento distribuído entre homens e máquinas é possível que nossas teorias de aprendizagem não dêem conta de como funciona a aprendizagem/cognição em situações de simbiose homem-máquina. Talvez o behaviorismo, o cognitivismo e o interacionismo não sejam suficientes. George Siemens, pesquisador canadense, defende o conectivismo. Mas ainda é uma teoria em construção. É razoável pensar em uma pessoa aprendendo com a outra, mas aprendendo com um computador é diferente. O conhecimento não está e não cabe na cabeça de uma única pessoa, ele está distribuído e a nossa noção do que é saber fica abalada. Saber é também, agora, saber encontrar, saber mobilizar. Claro que uma pessoa pode aprender frações sem computador. Mas se com um programa “X” essa aprendizagem for mais profunda, mais rápida, por que não utilizar o computador? Usamos, em cada época, em cada tempo, a tecnologia que nos é disponível. Não faz sentido rejeitá-la sem mais nem menos. A questão não é a tecnologia que se usa. A questão é a crença, diria mesmo fetiche, de que tudo é melhor com tecnologia. De que ela é a solução (ou mesmo parte dela). Não é. Mas, sim, pode ser. Fazem alarde do uso de notebooks, lousas digitais, celulares e outros tantos apetrechos nas escolas, mas isso é parte do marketing, do “ar de modernidade” que se quer passar. Pergunte ao filósofo Giorgio Agamben (ou acompanhe nosso seminário hipertexto 2011) e você verá que moderno é estar entre o não ainda e o já passou. Ele diz que nem a moda é moderna, pois os desenhos da coleção deste verão, na verdade, foram pensados, rascunhados, cerzidos e alinhavados na temporada de verão passado. As passarelas são do passado. Elas são fora de moda! E as modelos são démodé por definição.
revistapontocom – O senhor concorda que o hipertexto chegou meio que atropelando a escola? Ela nem havia ainda resolvido a sua relação com a mídia televisiva e já estava diante de um outro meio de comunicação: mais poderoso, impactante e revolucionário.
Luiz Fernando Gomes – A escola é lenta, paquidérmica. Nesse modelo que vem de séculos, não cabe a agilidade dos tempos de hoje. Ela tem problemas contemporâneos e tenta resolvê-los com medidas modernas do passado. Suspende, chama os pais etc. Olha sempre para trás. Não consegue ensinar para o futuro, apenas para o passado. Essa escola não está sintonizada para lidar com a liquidez [modernidade líquida, conceito do sociólogo Zigmunt Bauman] do mundo e para o desmanche da solidez da modernidade. O que ocorre é que a tecnologia é veloz e voraz. Ela tem pressa e não tem permanência. Ela quer ser consumida em gadgets e softwares, mas não quer saciar. Nunca será o bastante. A tecnologia atropelará cada vez mais a pedagogia. Os educadores sequer clamavam por tecnologia. Ela invadiu o cotidiano escolar causando problemas, mudando, desestabilizando, modificando a arquitetura das salas, laboratórios (antes eram os de Química e de Biologia). Enquanto os professores discutiam se aquilo era bom ou ruim, os alunos já haviam decidido que, sem saber se é bom ou não, “é o que todo mundo está fazendo”, e ninguém quer ser um “outsider”. A escola parece que não se importa em ser… A escola tentou (tenta) controlar a tecnologia com regulamentação sobre uso de celular em suas dependências, criar regras e criminalizar os usos e “abusos”. Ou a escola muda ou os alunos mudam… de escola. Os jovens ligam-se em comunidades virtuais, aprendem colaborativamente e desqualificam a escola. Mas há uma coisa importante: nós valemos pelo que recusamos. Rejeitar também é uma forma de ser crítico e cético. Com a tecnologia, a escola tem que ser, ao mesmo tempo, crítico e cético, mas não voltar às costas para o problema.
revistapontocom – Sempre quando se fala em TICs e educação, procuramos bons exemplos e práticas para serem, a medida do possível, reproduzidos em outras realidades. O senhor poderia indicar alguns exemplos e práticas?
Luiz Fernando Gomes – As “boas práticas” são sempre boas em seus contextos. Uma boa aula na sala “A” pode ser um desastre na sala “B” no mesmo dia, dada pelo mesmo professor. Decidir o que é bom, útil, necessário, não é papel do professor, da diretoria ou de qualquer outro superior hierárquico. O que é bom deve ser decidido e negociado com a comunidade/bairro onde a escola se insere. Entram todos: moradores, alunos, pais, professores, diretores, auxiliares. A comunidade é o currículo. É em função dela que as práticas devem ser adotadas e no olhar dela é que as práticas devem ser analisadas e criticadas.
revistapontocom – De que forma o seminário Hipertexto vem contribuindo para a melhoria da relação ensino/aprendizagem das e nas escolas?
Luiz Fernando Gomes – O professor da UFPE, Antonio Carlos Xavier, foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional (ABEHTE) e seu primeiro presidente. Fez muito pela ABEHTE. Tem um trabalho consistente na área de estudos de hipertexto. A presidência da associação é itinerante: elege-se nova diretoria a cada dois anos. Uma das principais atividades da ABEHTE é a realização dos encontros nacionais. Os três já realizados foram coordenados pelas diretorias anteriores. Teremos, agora sob minha gestão, no IV Encontro mais de 400 pessoas dos quatro cantos do país. Isso mostra a quantidade de pesquisadores envolvidos com estudos sobre hipertexto e o cotidiano escolar. A quase totalidade dos trabalhos que será apresentado nos Grupos de Discussão refere-se a atividades desenvolvidas em sala de aula. São pesquisas de pesquisa de campo. O mesmo se pode dizer das oficinas e minicursos. Assim, embora a ciência não esteja vinculada à aplicação prática das teorias que desenvolve e dos processos que estuda, há uma relação muito consistente entre teoria e prática no caso dos estudos sobre hipertexto. Como os estudos sobre o hipertexto não são exclusividade de uma área do saber, o evento reúne pesquisadores das áreas de educação, lingüística, lingüística aplicada, comunicação, literatura e informática. Dentre eles muitos são professores também.
revistapontocom – O tema deste ano é a interface da escola com as redes sociais. Por quê?
Luiz Fernando Gomes – A ideia original da internet era conectar computadores de forma a distribuir os dados e informações, de modo a protegê-los, pois em caso de um ataque (era o tempo da Guerra Fria) num servidor, outros teriam os mesmos dados e informações. Com o advento dos PCs, a rede aumentou, mas logo se percebeu que a rede era mais que uma conexão entre computadores, e sim entre pessoas. Com os programas tipo Orkut e Facebook, a ideia era conectar não mais pessoas isoladas, mas ligá-las por algo que tivessem em comum. A isso se chamou redes sociais. De fato, esses programas mencionados não são redes – o termo social é praticamente desnecessário – o homem vive em sociedade, é um ser social, então suas redes de relacionamento são sociais! Essas redes apenas potencializam a formação de redes. A rede somos nós. As pessoas que delas participam desde, bem claro, que haja ações realizadas por seus membros! Uma rede é mais que ter nomes de pessoas ligados ao seu perfil! A maioria das pessoas inscreve-se nas redes para estarem juntas, para aumentarem sua visibilidade e seu capital social. Torna-se um “must”. As pessoas se encontram nas redes de que fazem parte, se identificam nas “comunidades” e sentem-se pertencendo a algum “lugar” ou “turma” como se dizia antigamente. Não importa muito se isso é bom ou ruim. Bom é estar junto. Esse é o hiperindividualismo [conceito do sociólogo Gilles Lipovetsky]. Mesmo que os objetivos sejam pessoais ou egoístas, as pessoas se inscrevem em comunidades. Interessante, pois comunidade indica ter algo em comum. Às vezes têm mesmo, mas pode ser também que o que haja de mais em comum entre eles seja o individualismo. Do mesmo modo que falamos sobre educação, as redes vão se formando. O conceito original se perde e logo vem outra novidade, sem que tenhamos digerido a de ontem.
revistapontocom – Então o que podemos esperar no evento deste ano?
Luiz Fernando Gomes – O evento tenta dar um passo além nessa discussão sobre as tais redes sociais. Propusemos como tema a discussão sobre os usos sociais da escrita (letramento) e do computador conectado e seus reflexos sobre as comunidades. Queremos discutir de que modo a tecnologia tem abalado ou provocado a escola no sentido de olhar além de seus conteúdos programáticos tradicionais e incluir neles o uso das linguagens verbal, audiovisual e verbovisual para, por exemplo, conectar pessoas e comunidades entre si. Entender como se dão os processos de letramento na educação não-formal, nas lan houses e quiosques e a cultura da transmídia. Esperamos que os pesquisadores voltem para suas instituições e salas de aula inspirados não apenas a inserir tecnologia no cotidiano escolar, mas dispostos a provocar mudanças profundas nos modos como nos relacionamos com a escola, com a educação e com a sociedade.

Jovem contemporâneo: quem é ele?



Por Tiago Cabral Dardeau
Coordenador do Curso de Roteiro do NAVE

A cibercultura ou Cultura Digital traz elementos que precisam ser considerados e incorporados pela escola, para que a mesma acompanhe as transformações que vem ocorrendo, principalmente no campo da comunicação. A expressividade cotidiana dos jovens na contemporaneidade deve ser investigada sob o ponto de vista cultural, possibilitando novas práticas pedagógicas significativas.
Compreender esse jovem contemporâneo atuando no “espaço liso” [expressão deleuziana para classificar o espaço das subjetividades, dos movimentos não lineares, das emoções], com suas multiplicidades, sensibilidades e complexidades é um caminho a ser trilhado para construção de novas relações de ensino e aprendizagem.
As instituições de ensino, em sua maioria, ainda adotam um sistema pedagógico calcado em processos homogêneos, autoritários, unidirecionais, projetados para a Era Industrial. A escola dos estudantes do século XXI tem o modelo do século XIX.
Na década de 80 o conceito de letramento apontou para “a necessidade de reconhecer e nomear práticas sociais de leitura e de escrita mais avançadas e complexas que as práticas do ler e do escrever resultantes da aprendizagem do sistema de escrita.” (SOARES, 2004).
No mesmo campo de ampliação e contextualização das práticas educativas, nesta segunda década do novo século, um outro caminho é pensar a Educação a partir de “Múltiplos Alfabetismos”, definição proposta pelo New London Group. (O grupo é composto por pesquisadores renomados de nacionalidades americana, inglesa e australiana. Foi assim nomeado por conta do lugar onde se encontraram pela primeira vez , em 1994: New London, em New Hampshire, EUA. Em 1996, o grupo publicou o primeiro artigo intitulado “A Pedagogy of Multiliteracies: Designing Social Futures”, na revista Harvard Educational Review).
Complementando a necessidade dos múltiplos alfabetismos, é importante também repensar as relações professor-aluno; ensino-aprendizagem; passividade-interatividade; individual-cooperativo; espaço-tempo. No mundo contemporâneo, tão importante quanto a bagagem de conhecimento, é o saber procurar, saber fazer escolhas, analisar e criticar qualificadamente. Repensar essas relações sob a luz da cultura digital significa repensar a Educação: os processos de ensinar e aprender, os espaços físicos, os tempos de aula, os currículos, as turmas. As críticas ao que deve mudar na Educação já ganharam forma há algum tempo, porém, o novo, aquilo que deve fortalecer novos paradigmas, ainda precisa ser testado, validado empírica e teoricamente.
Talvez uma dessas mudanças possíveis, e a mais evidente e urgente, seja a compreensão da necessidade de participação da escola na cultura digital, dialogando com os educandos através de uma linguagem contemporânea, que se aproxime de suas práticas sociais.

domingo, 4 de setembro de 2011

Avaliação em EAD



A Educação refere-se à prática e ao processo de ensino-aprendizagem que leva o aluno a aprender, saber pensar, criar, inovar, construir conhecimento. É um processo de humanização que alcança o pessoal e o estrutural, partindo da situação concreta em que se dá a ação educativa para a abstração. Durante todo esse processo, existe a necessidade do avaliar. Avaliar no sentindo bem mais amplo do que apenas o próprio conhecimento ou conteúdo adquirido.
Durante todo o percurso de um professor presencial, o grande desafio foi a questão avaliativa. Usamos em diversas situações, talvez por fragilidade, formas de avaliar que apenas mostrávamos a capacidade de reprodução dos nossos alunos. Sempre com o intuito de avaliar, muitas vezes fomos os responsáveis por desenvolver nos mesmos temores e calafrios.Até mesmos nos alunos ditos como inteligentes, a avaliação deixava sombras de dúvidas quanto ao aprendizado e aplicabilidade da mesma.
Os tempos são outros, vivemos num mundo globalizado aonde a informação vem atrás de nós. Com o surgimento e afirmação da educação aberta, surge, também, um aluno que tem instrumentos próprios de aprendizagem. Se necessário, saberá procurar nas instâncias tutoriais seus próprios objetivos. Vem então o grande desafio: Como avaliar esse perfil de aluno? Pensando a educação como um processo de construção contínuo e dinâmico, como submeter o aluno a um processo avaliativo pautado no tradicional, seria a forma mais adequada?
A aprendizagem será significativa se tiver uma aplicabilidade na vida do aluno
levando-o a utilizar-se dela para reconstruir, refletir e recriar seu contexto social .Avaliar,
então, seria um processo contínuo, observando os trabalhos coletivos ou individuais, participações em fóruns, chats, mediados pelo professor, permitindo ao aluno trilhar novos caminhos que o levem à aprendizagem, pois não podemos deixar de realçar que o foco da avaliação em EaD, está na análise da capacidade de reflexão crítica e colaborativa do aluno diante das próprias experiências e vivências compartilhadas com os colegas de curso.


Jussara Rezende de Oliveira
Especialista em Educação a Distância

Tecnologia na Educação




Jose Aravena Reyes é graduado em Engenharia Naval pela Universidad Austral de Chile. Concluiu mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na área de sistemas do programa de Engenharia Oceânica. É professor da UFJF desde 1998, vice-coordenador geral do NEAD e líder do Núcleo de Estudos e Projetos em Educação Tecnológica.

NEAD - Qual o objetivo da pós-graduação em Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Fundamental (TICs)?
Aravena - O principal objetivo do curso é preparar os professores das escolas para a apropriação das tecnologias e para a utilização destas tecnologias na rede do ensino fundamental. Com isso, os professores devem se tornar agentes de mudanças dentro da escola.


NEAD - Então ser professor é um pré requisito para ingressar nesta pós-graduação?
Aravena - Esta é uma das qualificações exigidas. Além disso, é feita uma análise baseada na experiência profissional do professor, que deve, obrigatoriamente, trabalhar na rede pública.


NEAD - Qual a importância do emprego das novas tecnologias na educação?
Aravena - Atualmente o processo de cognição sofreu alterações e as tecnologias auxiliam continuamente nestas mudanças, tornando a aprendizagem mais fácil. Por outro, lado há uma questão circunstancial, o Governo Federal tem o projeto de oferecer computadores e internet para todas as escolas, por isso, as tecnologias serão utilizadas amplamente, não só no processo de ensino e aprendizagem mas também na distribuição de atividades rotineiras. Na medida em que os professores se apropriam disto eles se tornam capazes de suprir esta demanda que o governo deseja.


NEAD - Este é ainda um projeto do governo ou já esta sendo implantado?
Aravena - É um processo em andamento, mas sabemos que a escola sempre foi prejudicada pelo contexto. Existe uma diferença entre aquilo que nós pensamos sobre educação e o que realmente acontece. Por exemplo: quando houve uma iniciativa grande do governo em colocar vídeo cassete, televisão e antenas nas escolas, para trabalhos com vídeo, tecnologicamente o problema estava solucionado, mas não pedagogicamente. Muitas vezes os professores não sabiam usar ou a própria cultura da escola não permitia. Os equipamentos ficavam trancados porque os responsáveis tinham medo da deteriorização dos mesmos.

O que queremos hoje é que os professores estejam capacitados e possam dar um salto qualitativo na utilização de ferramentas tecnológicas. Estamos vivenciando uma tradição de investimento no ensino fundamental e acreditamos que a especialização do professor será o diferencial no processo.


NEAD - A proposta do curso, então, é qualificar os professores para o emprego e utilização das novas mídias nas escolas?
Aravena - Este é um dos aspectos que fundamenta o projeto político pedagógico do curso. A proposta é bem mais ampla, ela é contextualizada, consideramos importante analisar o que está acontecendo nas escolas e quais as atividades da escola.


NEAD - Você acredita que o uso destas novas tecnologias no ensino fundamental é uma forma de inserção social?
Aravena - Sim, sem dúvida. Mas também não há uma perspectiva romântica nisso. Há um interesse de que isso se materialize, entretanto a realidade muitas vezes é completamente diferente, não cumpre com as condições mínimas para que exista de fato a inclusão.

A inclusão não é somente tecnológica mas também social, a medida que as pessoas do interior, sem acesso ao sistema de ensino superior público, passam a tê-lo com a educação a distância. O que ocorre é uma valorização da vida no interior, do trabalho local capaz de resgatar o conhecimento tradicional e promover o desenvolvimento local das comunidades. Tudo isso acaba trazendo as pessoas para o que chamamos hoje de um mundo globalizado.


NEAD - Existe algum projeto social em desenvolvimento nos polos em prol desta inserção?
Aravena - Temos vários projetos, tanto consolidados como em fase de prospecção. No último verão, em janeiro, nós exigimos que os tutores que trabalham nos polos desenvolvessem projetos de apoio a comunidade. Tivemos oficinas de cinema, cine clubes, algumas propostas de cursinhos para as escolas foram resgatadas e o que estamos desenvolvendo agora é o intercambio de cultura entre os polos e a Universidade. O que queremos é que eles possam usar outros espaços da vida universitária, caracterizada pela transdisciplinaridade e acesso à expressão artística, cultural, política e social de uma instituição como a nossa.


NEAD - Você acredita que os alunos formados neste curso à distancia tenham um diferencial por já estudarem fazendo uso destas tecnologias?
Aravena - Com o curso os profissionais resgatam espaço no mercado. Os alunos tem sim um diferencial, que não pode ser visto puramente em termos profissionais ou de empregabilidade, ele se traduz numa vida múltipla: a vida na internet com a possibilidade de estar no global sem sair do local e transmitir aspectos culturais deste local para o global.

Existe um diferencial significativo para o aluno que se especializa a distância, ele adquire a auto disciplina, a capacidade de se organizar e do aprender a aprender. Na educação a distância o aluno acaba tendo uma grande responsabilidade no desenvolvimento do curso, criando condições de dar continuidade de forma autônoma e independente. No presencial, isto não é explorado, o curso é desenvolvido mais na fala dos professores e não na dedicação do aluno que consiste a prática concreta do processo educacional.


NEAD - Como o mercado de trabalho receberá esses profissionais?
Aravena - Nosso interesse maior é reforçar o trabalho dos professores nas escolas. Certamente que isto representará um ganho, a especialização já traz um diferencial em termos de salário. A experiência vivenciada fará com que esses professores atuem em outras áreas e espaços do mercado das universidades privadas e setores privados da economia

sábado, 3 de setembro de 2011

Atividade de casa Aula 3 - PROINFO

1)Visite o site:www.eca.usp.br/moran/
Na opção "Educação inovadora", escolha um texto para você ler. Após a leitura, produza um texto sobre o que você leu.Atenção: no seu texto deve haver um link com o texto lido como referência bibliográfica.

2) Assista ao vídeo "A Revolução da Mídia Social"

3) Leia o texto:"O Professor não é capacitado para usar o computador na sala de aula"

A Revolução da Mídia Social (legendado) / Social Media Revolution

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Professor não é capacitado para usar computador na sala de aula



Segundo pesquisa TIC Educação 2010, 64% afirmam saber menos que alunos sobre uso de ferramentas

O professor brasileiro precisa de capacitação para usar as ferramentas de tecnologia da informação e comunicação na sala de aula. Essa foi a principal conclusão do debate realizado pelo Comitê Gestor de Internet nesta terça-feira (30), em São Paulo, sobre os desafios para o crescimento da internet no Brasil, durante o lançamento oficial das pesquisas de 2010 do Cetic.br, TIC domicílios, empresas e, pela primeira vez, educação.

Um dos principais dados apresentados é pouco surpreendente: segundo o diretor do centro de estudos, Alexandre Barbosa, 64% dos professores entrevistados concordam que seus alunos sabem usar melhor que eles o computador e a internet. Apesar disso, 63% acreditam que seu nível de habilidade seja suficiente para realizar as atividades da profissão.

Para Barbosa, a questão que os dados levantam é se as políticas públicas de TIC estão sendo corretamente implementadas, especialmente na educação. Apesar de programas do governo como Um Computador Por Aluno e o Programa Banda Larga nas Escolas, houve poucas iniciativas no desenvolvimento do uso pedagógico da infraestrutura tecnológica oferecida.

“A educação foi atropelada pelas políticas públicas de TIC nas escolas”, disse a consultora da Unesco Maria Inês Bastos. Para a professora, raramente se discute o uso desse conhecimento nas escolas e como integrar o computador ao processo de aprendizado.

Professor tem que ser líder

De acordo com o estudo TIC Educação, 53% das escolas afirmam ter programas de capacitação para seus professores. No entanto, 75% dos docentes dizem que sua principal fonte de apoio no desenvolvimento de habilidades tecnológicas vem do contato informal com outros profissionais da área.

Para Demi Getschko, conselheiro do CGI e presidente do NIC.br, o braço executivo do comitê, a função do educador é guiar o aluno em seu uso da internet. “Não precisa competir com o aluno em conhecimento”, disse. Maria Inês concorda: “O professor é mais que um instrumentador, ele é líder”.

A professora enfatizou a necessidade de haver uma capacitação para o uso das tecnologias já na formação inicial do professor, e não apenas nos cursos de pedagogia ou como formação complementar, “até para reduzir os custos da capacitação”, afirmou.

Fonte: Tele.Síntese
Autor: Redação
Revisão e Edição: de responsabilidade da fonte

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Novas tecnologias na educação

A diferença entre EaD e Educação Presencial

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Atividade para casa - Aula 2 - PROINFO

Acessem o blog do PROINFO Integrado de Cataguases:http://proinfokta.blogspot.com/

1) Objetivo da atividade: O laboratório de informática tem potencial para ser um espaço rico no que se refere às práticas pedagógicas, mas é importante saber gerenciá-lo. As atividades aqui propostas oferecem a oportunidade de refletir sobre o uso do Laboratório de informática no espaço pedagógico.

Descrição da atividade: O Laboratório de informática pode ser um local que possibilita interações, pesquisas, colaborações, autonomia, criatividade e muito mais; enfim, pode ser um lugar rico para a construção do conhecimento.
Reflita: Como você poderia incluir a utilização do laboratório de informática na suas aulas. pense nas estratégias pedagógicas e ferramentas tecnológicas necessárias para essa inclusão.

2) Leitura - CD - Apostila IPD -
a) Educação - página 43
b) O Software - página 53
c) Hardware - página 57
d) Vírus Digital - página 59

3) Assista ao vídeo,nesse mesmo blog: "A importância das novas tecnologias no aprendizado das crianças"

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Atividade para casa - Aula 1 - PROINFO

Responda e salve para posteriormente publicar no blog:
1) Quem usa o laboratório de Informática? O que os alunos fazem no laboratório? Os alunos gostam de trabalhar com os computadores? Dê sua opinião.

2) Quais as mudanças, na sua opinião, que o laboratório de informática trouxe para as escolas?

3) O uso das TIC's nas escolas está promovendo ou não a capacidade dos alunos de serem críticos, criativos e "cuidantes"( como diz Leonardo Boff)? Justifique sua resposta.

4)O uso da tecnologia na educação está promovendo ou não uma aprendizagem significativa e crítica? Justifique sua resposta.

domingo, 12 de junho de 2011

Sites de Tecnologia na Educação

Conheça alguns sites que disponibilizam planos de aula e/ou projetos para educadores.
** Nova Escola: diversos planos de aula organizados por níveis: Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio.
http://revistaescola.abril.com.br/planos-de-aula/
** Portal do Professor: o Portal possui diversas aulas elaboradas por educadores. Há destaque para o bom uso de recursos digitais e propostas de uso das TIC. Há um filtro para selecionar aulas organizadas por ciclos, áreas e temas: Ensino Fundamental Inicial, Ensino Fundamental Final, Ensino Médio e Ensino Profissional.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html
** E-aprender: o site disponibiliza planos de aula organizados em disciplinas. Há também dicas para elaboração de planos.
http://www.eaprender.com.br/
** NetEducação: o site disponibiliza planos e planejamento para diversas séries e disciplinas, inclusive educação especial.
http://www.neteducacao.com.br/
** Microsoft Educação: diversos projetos que utilizam as TICs, todos organizados por ciclos. Veja também a seção Atividades para sala de aula, com projetos temáticos e estruturados, utilizando os programas da Microsoft.
htp://www.microsoft.com/brasil/educacao/default.mspx
** Baú de Projetos Edukbr: diversos projetos interdisciplinares organizados também por disciplinas.
http://www.edukbr.com.br/celeirodeprojetos/
** Site de dicas: dicas de atividades para desenvolver com crianças.
http://sitededicas.uol.com.br/
** Planos de aula UOL: o site apresenta propostas organizadas por disciplinas, para Ensino Fundamental e Ensino Médio. Há também referências selecionadas sobre como trabalhar com Vídeos do PortaCurtas na Escola.
http://educacao.uol.com.br/planos-aula/
** Dicas Vivência Pedagógica: seção do site com ideias de recursos e estratégias que podem ser utilizadas na escola.
http://www.vivenciapedagogica.com.br/
** Turbine sua aula: propostas publicadas no Portal Educarede.
http://www.educared.org/educa/index.cfm?pg=ensinar_e_aprender.turbine_principal
** Arte na Escola: o site apresenta riquíssimo material para o trabalho com Arte na Escola.
http://www.artenaescola.org.br/
** Revista Ao Mestre com carinho: várias atividades artesanais para educadores.
http://www.aomestre.com.br/

terça-feira, 7 de junho de 2011

Avaliando atividades educacionais que utilizam a web. 2.0

Nome: Jussara Rezende de Oliveira
Semana: 4 ª semana de aprendizagem
Título da tarefa: Avaliando atividades educacionais que utilizam a web. 2.0

O avanço das tecnologias na educação tem oportunizado diferentes formas e ferramentas de ensinar o conteúdo aos alunos, como também, de avaliá-los. A necessidade de inclusão torna relevante o uso de metodologias e ambientes virtuais que irão proporcionar condições favoráveis à aprendizagem.
Nesse contexto, cada ambiente educacional deve se adequar à sua realidade. Em escolas onde o trabalho do professor regente está integrado ao do tutor de informática, as atividades que seriam realizadas em sala de aula, ganham uma nova cara, sendo postadas no blog escolar, onde os alunos terão acesso para desenvolvê-las.É uma forma de estar motivando o aluno a aprender. Deixar um pouco o caderno tradicional e utilizar o digital. Essa iniciativa desenvolve, também, a concentração e a criatividade.
As pesquisas realizadas no caderno, também, poderão ser desenvolvidas através de uma webquest. É uma forma mais interessante de aprender, oferecendo oportunidade ao aluno, de conhecer um universo de informações sobre determinado assunto e estar filtrando o que é relevante. Com isso, estaremos propiciando um novo método mais produtivo de utilizar a internet em benefício de si mesmo e dos outros, visto que, deixará um material postado que poderá servir para qualquer pessoa como fonte de informação. A utilização da web.2 em nossa vida acadêmica veio acrescentar mais dinamismo e interação na execução de atividades que utilizavam recursos menos atrativos de fixação da aprendizagem.
A avaliação seria uma forma de averiguar o que ainda não foi aprendido e verificar onde os métodos e ferramentas empregados para a transmissão dos conteúdos, falharam. Serve, também, para indicar novas diretrizes para atingir o objetivo, levar o aluno a adquirir conhecimentos que serão relevantes em sua vida. Os alunos manejam com muito interesse e habilidade algumas ferramentas tecnológicas básicas, motivo pelo qual devemos investir nesse caminho atraente que aliado ao pedagógico poderá beneficiar a vida escolar desse aluno.

Referências bibliográficas:
ARBOSA, Rommel M. (Org.). Ambientes virtuais de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2005.
ALAVA, Séraphin (Org.). Ciberspaço e formações abertas: rumo a novas práticas educacionais?. Porto Alegre: Artmed, 2002.

Revolução Industrial x Revolução da Informação e Comunicação

A importância das novas tecnologias no aprendizado das crianças

terça-feira, 31 de maio de 2011

DEFICIÊNCIAS - MARIO QUINTANA

domingo, 22 de maio de 2011

SOROBAN (ábaco japonês) - INTRODUÇÃO por André Luis

quinta-feira, 19 de maio de 2011

HQ salvando historinha

Web 2.0 - A máquina somos nós



Nome: Jussara Rezende de Oliveira
Semana: Primeira
Título da tarefa: Construindo o Blog e Relatando a experiência
Iniciando o trabalho de construir meu blog, não encontrei muitas dificuldades. Por trabalhar em um laboratório de informática na escola municipal da qual faço parte, também sou tutora do EAD pelo IFET Rio Pomba, motivo pelo qual já havia tido experiências anteriores com construção de blog. Confesso que participando dos fóruns, adquiri mais conhecimento sobre o assunto através dos colegas de curso e tutora.
A utilização das ferramentas tecnológicas no contexto educacional, muito estimula a aprendizagem dos alunos. A interação é maior e ao mesmo tempo nos ajuda a alcançar nossos objetivos na construção do conhecimento de nossos alunos.
O blog é uma ferramenta que pode estar sempre presente em nossa dinâmica, pois nele podemos variar e incrementar as atividades a serem realizadas com os alunos. Desperta muito a curiosidade, o interesse pela disciplina além de motivar bastante a pesquisa e os estudos. É uma ferramenta de ampla utilidade e muito aceita pelos alunos.
Batizei meu blog de Educação sem Barreiras por achar o nome muito atual e pertinente ao que vivenciamos na atualidade em relação ao uso das TIC’s na educação. O endereço dele é: educacaosembarreiras. blogspot.com
Encerro minhas observações a respeito dessa atividade com uma das máximas de Paulo Freira:
"Há necessidade de sermos homens e mulheres do nosso tempo, que empregam todos os recursos disponíveis para dar o grande salto que a nossa educação está a exigir" Paulo Freire

terça-feira, 26 de abril de 2011

Educadores apontam as ferramentas da internet que consideram mais importantes no campo do ensino

Educadores apontam as ferramentas da internet que consideram mais importantes no campo do ensino

quinta-feira, 21 de abril de 2011

[link=http://www.mensagens-online.com]
[/link]

[b]Mais recados? http://www.mensagens-online.com[/b]

Nome: Jussara Rezende de Oliveira

Semana: 14 de outubro a 08 de novembro de 2010

Título da tarefa: Elaboração de uma atividade educacional

Título da atividade: Caça- palavras

Objetivos da Aprendizagem:

1. Perceber as letras que formam as palavras.

2. Identificar as sílabas das palavras.

3. Desenvolver a coordenação motora

4. Desenvolver habilidade para manusear o mouse.

5. Identificar a diferença entre mouse e teclado

Segmento de ensino e série envolvida: Atividade desenvolvida com o 1º ano do Ensino Fundamental

Ferramenta da Web 2.0 utilizada para a execução dessa atividade: Utilizei site da internet: WWW.atividadeseducativas.com.br

Metodologia de Aplicação: Acompanhando o projeto de trabalho desenvolvido pelo professor regente na sala de aula, acompanho as atividades e as enriqueço no Laboratório de informática com os alunos, utilizando os recursos tecnológicos. Os eixos de trabalhos envolvidos são os da linguagem oral e escrita de forma lúdica e prazerosa.

Cronograma: 01 aula

Forma de avaliação: Montagem de um mural com as atividades executadas impressas.

Material de apoio: site da internet: WWW.atividadeseducativas.com.br e folhas coloridas A4.

sábado, 9 de abril de 2011

Educação Inclusiva

Ambiente virtual de aprendizagem.wmv

Matéria do Jornal Nacional sobre a História de EAD

Escola do Futuro

Tecnologia e Metodologia

terça-feira, 5 de abril de 2011

Avaliando o avaliar... Princípios do Portfólio

Portfólio . Vinicius - Escola Digital

Formação para trabalhar com tecnologia: o grande desafio de quem ensina

Sem uma equipe capacitada, o que se vê são professores que aproveitam a sala de informática para deixar os alunos trabalhando sozinhos e escolas que nem sequer utilizam os laboratórios existentes


Você se considera preparado para utilizar computadores na sala de aula? Para 72% dos entrevistados na pesquisa encomendada pela Fundação Victor Civita, a resposta é “não”. Além disso, apenas 15% afirmaram ter recebido formação para o uso de tecnologias aplicadas à Educação. Com um agravante: na maior parte dos casos, esses cursos são focados nas próprias ferramentas (saiba mais na tabela da página 2). Ou seja, falta conectar as novas tecnologias aos conteúdos. Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA e da Fundação Victor Civita, destaca: “As capacitações em serviço deveriam focar os conteúdos de cada disciplina e incluir as tecnologias como ferramentas para facilitar o trabalho de sala de aula” (leia mais na entrevista da página 2). Rosane de Nevada, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), lembra que só ensinar a mexer na máquina não contribui para aperfeiçoar o jeito de ensinar. “Basta de usar o computador apenas para repetir o que foi dado em sala de aula”, diz ela, que coordena um curso de formação continuada em Porto Alegre (veja detalhes na próxima página).

Enquanto os professores ainda não têm essa formação, a participação do especialista em tecnologia educacional (em geral, o responsável pelo laboratório de informática) facilita a vida dos colegas e permite que mais estudantes tenham acesso aos computadores. Confira no quadro ao lado outras sugestões para melhorar a capacitação da equipe.

72% dos entrevistados acham que o curso de graduação os preparou pouco ou nada para o uso da tecnologia na escola

Escrever com a ajuda do computador

AULA COM SENTIDO  Na EMEF Deputado Victor Issler, Luciene ensina produção de texto no computador. Foto: Tamires Kopp
AULA COM SENTIDO Na EMEF Deputado Victor Issler, Luciene ensina produção
de texto no computador. Foto: Tamires Kopp

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) oferece, desde agosto de 2006, um curso de licenciatura em Pedagogia na modalidade a distância fundamentado no uso de tecnologias e destinado a professores que atuem no primeiro ciclo do Ensino Fundamental e na Educação Infantil. Batizado de Pead, o curso oferece aulas presenciais (em cinco pozlos) e muito material virtual para que todos se familiarizem com os recursos da internet (como wiki e blog) e alguns programas de troca de mensagens (como MSN, Skype e e-mail). As Secretarias Municipais de Educação de Alvorada, Gravataí, Sapiranga, São Leopoldo e Três Cachoeiras cedem espaço e equipamentos para as atividades presenciais – e disponibilizam ônibus para levar os professores aos laboratórios.

Quatrocentos professores cursam o Pead, que pode ser transformado num curso regular, oferecido pela universidade. “Nossos materiais digitais não têm a linearidade dos impressos e, por isso, provocam os alunos a interagir. Assim, mais rapidamente eles passam a aplicar com as crianças o que aprenderam”, explica Rosane de Nevado, coordenadora do curso.

Luciene Sobotyk, professora da EMEF Deputado Victor Issler, em Porto Alegre, é uma das alunas do curso. “Ele me encorajou a incorporar a tecnologia às atividades que desenvolvo em sala de aula”, diz. Um exemplo é o projeto que implantou na classe do 2º ciclo (uma turma de progressão que reúne crianças de 11 a 15 anos com dificuldades de aprendizagem). “Montei as tarefas junto com duas colegas, de outras escolas, para trabalhar os conteúdos de Língua Portuguesa, especialmente a produção de texto. Como a garotada tem animais de estimação, pedimos para eles trocarem informações sobre os mascotes, usando ferramentas tecnológicas”, conta. “Começamos com uma troca de e-mails.

Depois, decidimos registrar todas as etapas do trabalho em fotos e vídeos, que vão para o ar num blog, que acabamos de criar. E ainda estamos estudando formas de incluir o uso do Skype como uma das tarefas”, completa.

Fonte: Revista Nova Escola

O uso do computador na Educação

O USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL


As crianças nos tempos atuais, principalmente as que moram em grandes cidades, e com maior poder aquisitivo, estão desde cedo freqüentando as Escolas de Educação Infantil. Estas escolas são inovadoras e dispõem de recursos tecnológicos diversos, o que faz com que essas crianças comecem desde muito pequenas, a partir dos dois anos de idade, a se apropriarem das tecnologias. Desde cedo lhes são oferecidos brinquedos que emitem sons, imagens e jogos eletrônicos que deixam os pequenos fascinados por seus movimentos. Se os pais acreditam ser importante que seus filhos freqüentem escolas onde a informática consta no currículo, aos profissionais educadores é necessário mudança frente a esta nova realidade escolar.

Os professores devem rever seus conceitos, sua prática pedagógica e até mesmo sua insegurança diante da possibilidade de aceitação do trabalho pedagógico ser organizado a partir do auxílio de instrumentos tecnológicos avançados. O professor deve se atualizar e se apropriar do uso das tecnologias, não somente para contentar o sistema educacional no qual está inserido, mas sim para o seu próprio crescimento pessoal e profissional.

A partir dos dois anos de idade, a criança passa a se auto-definir e diferenciar-se decisivamente dos demais. Essa é sem duvida, uma das fases mais importantes em todos os aspectos, pois é nessa fase que a criança passa fazer movimentos motores mais específicos. Nesta idade, ela adora rasgar papeis, mexer com as coisas, pegar lápis, montar e encaixar objetos. Os exercícios ganham intenção inteligente. Começa a evolução natural da sua coordenação motora. O desenvolvimento intelectual, nesta etapa da vida, é percebido mesmo nas brincadeiras mais simples das quais a criança participa. Esta é uma fase em que elas trabalham muito com o concreto, com o que é real, então, atividades como encaixar, fazer montagens, contar e ouvir histórias, entre outras, tornam-se indispensáveis para o seu aprendizado e desenvolvimento intelectual.

A partir dos quatro anos de idade, a criança passa a transformar o real e concreto. Passa agora a ter necessidade do “eu”. Os jogos são mais importantes, no sentido funcional e útil, para o seu aprendizado e desenvolvimento psicomotor. Esta é a fase em que a criança imita tudo e fica extremamente curiosa, mexe para ver como funciona, como se faz, constituindo o período da ‘destruição’, que é o terror de muitos pais. Além disso, a criança, agora, de tudo quer saber o “porquê”. Faz-se necessário que as crianças desfrutem de seu direito a pré-escolas, com profissionais altamente capacitados para suprir e auxiliar na educação familiar e no seu desenvolvimento integral.

O processo de aprendizagem é particular de cada criança, e o mesmo acontece com suas características, maturidade e interesses pessoais. A criança compreende a importância do seu papel na família, na escola e na sociedade, quando é valorizada como ser ativo e autônomo. Somos nós, adultos, pais e professores, enfim, os modelos de aprendizagem da criança, já que ela nos tem como principais exemplos, durante esta fase de seu crescimento e desenvolvimento. Logo, este desenvolvimento infantil talvez deva ser compreendido por pais e profissionais da educação como o simples desabrochar de uma flor. O desenvolvimento vem de dentro para fora, e cabe à escola a responsabilidade de propiciar tais condições e estímulos adequados, que respeitem a sua faixa-etária de desenvolvimento. Como profissionais da Educação, devemos ter plena consciência de nossas ações e responsabilidades, pois afinal teremos nas mãos frutos de uma era altamente tecnológica e que não se conformarão com conhecimentos fragmentados. Os alunos que nos serão confiados precisam começar a construir sua cidadania, desenvolver sua autonomia e segurança, e somente o professor consciente de suas atribuições e da complexidade de sua função conseguirá oferecer estas possibilidades. Para que a proposta pedagógica pensada para a educação infantil atinja seus objetivos de maneira precisa, é necessário, além de um ambiente agradável e acolhedor para a criança, a presença de um profissional capacitado, seguro nas suas atitudes, responsável, cordial e sensível. A criança aprende melhor e com maior rapidez quando se sente segura e querida, e quando suas necessidades básicas, tais como comer, dormir, brincar, descansar estão sendo atendidas. É ao profissional professor pedagogo, que cabe a missão de transmitir esta segurança para a criança, já que ela está saindo do seu mundo familiar para iniciar a sua vida em um mundo novo, o contexto escolar. Por isso, é necessário valorizar suas emoções e incertezas, e diante de tantas novidades, procurar estabelecer vínculos de confiança e afetividade. Criar com a criança uma relação de carinho e amor é fundamental para que ela perceba no professor alguém que contribuirá com sua formação bio-psico-social, pois é a partir deste vinculo afetivo que se desencadeará todo o processo de desenvolvimento cognitivo, inclusive da sua formação pessoal, a qual deve ser apoiada nos chamados “quatro pilares da educação”:

Aprender a conhecer - Aprender a prestar atenção em tudo o que a rodeia, nas pessoas, no que elas falam, como se comunicam e gesticulam. Aprender a pensar, analisar. Muitas vezes somos surpreendidos, quando uma criança repete algo, em gestos ou palavras que nós, adultos, fazemos ou dizemos. Elas estão aprendendo. Aprenderam a nos analisar e a nos imitar. Este conhecimento é múltiplo e evolutivo, e este aumento de saberes permite uma melhor compreensão dos fatos, do ambiente onde se vive, das pessoas com quem nos relacionamos, dos aspectos que nos cercam, enfim, desperta a curiosidade intelectual. Este processo de aprendizagem nunca se acaba, pelo contrário, ele enriquece com qualquer experiência, e neste período, pode ser comparado com “imitar/manipular” para “conhecer/verificar”.

Aprender a fazer – Aprender a trabalhar com os outros, gerir e resolver conflitos torna-se cada vez mais importante. Isso, desde a pré-escola, as professoras já ensinam. Faz-se importante para o crescimento do ser humano que a criança aprenda, desde cedo, a resolver seus próprios conflitos, ainda que com seus coleguinhas de sala de aula, sem a interferência defensiva dos pais, pois isto faz com que a criança amadureça e aprenda, durante seu crescimento, a ter segurança de si mesmo, podendo tornar-se, mais tarde, um adulto seguro e decidido, sabendo inclusive trabalhar em equipes, como profissional.

Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros – A educação tanto pela escola quanto pela família, deve ajudar as crianças, antes da descoberta do outro, a descobrirem a si mesmas, para, assim, aprenderem a se colocar no lugar do outro e poder ajudá-lo, se necessário. Escolas que trabalham com turmas de alunos ditos “normais”, e têm incluído entre eles, um aluno com Síndrome de Down, por exemplo, aprendem a conviver com as diferenças desde cedo. Isto faz com que a criança não seja preconceituosa e venha a aceitar as diferenças entre os seres humanos, e entre raças, grupos, nações. A própria criança “diferente” tem um desenvolvimento cognitivo e afetivo melhor, pois ela convive diretamente com outras crianças da mesma faixa etária e isso contribui muito no seu desenvolvimento.

Ainda há muita rejeição e preconceito com pessoas “diferentes” (se é que nós podemos ser chamados de “normais”...). Até há algum tempo, famílias que tinham um deficiente em casa, muitas vezes o escondiam, por vergonha e discriminação de vizinhos e até mesmo familiares, mas, hoje, esse preconceito precisa ser superado, pois as alternativas e possibilidades de inclusão educacional são múltiplas e variadas. Aprender a ser – Nós, como educadores conscientes de nossa ‘humanidade’, temos que educar também a partir da afetividade, buscando criar nossos filhos e educar nossos alunos para a sensibilidade em relação aos outros e ao mundo, para o desenvolvimento da espiritualidade, da responsabilidade pessoal e dos sentidos ético e estético, enfim, para a chamada ‘inteligência emocional’, preparando-nos e preparando-os para o uso de todos os sentidos, nas interações com o mundo. Neste sentido, podemos explorar o saber-fazer, o aprender a aprender, o saber viver juntos e, conseqüentemente, o saber se completar, pois é o trabalho ‘em conjunto’ e ‘com o conjunto’, isto é, o trabalho coletivo que envolve o indivíduo como um todo que é capaz de enriquecer e tornar mais completo um projeto de aprendizagem. (como foi o caso do projeto “Conhecendo o corpo humano”, que recentemente desenvolvi no Laboratório de Informática de uma escola em Porto Alegre).

A educação passa a ser assunto que diz respeito todos os cidadãos. Sendo assim, faz-se necessária a renovação cultural e, sobretudo, uma mudança rápida, face às novas exigências de uma sociedade que se torna cada vez mais tecnológica.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Vídeo-aula - Letramento Digital: EducaRede

quarta-feira, 23 de março de 2011

funcionamento do cérebro humano

O Cérebro e a Aprendizagem

quarta-feira, 16 de março de 2011

Tecnologia na Educação

Função Docente no século XXI - Tecnologia e Educação

Aluno nativo - Professor imigrante

Tecnologia e Educação - A mudança aconteceu

domingo, 6 de março de 2011

Trabalho de Realidade Brasileiro Sobre Inclusão Escolar

Quem sou eu

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Licenciada em Letras, trabalho há 20 anos na área educacional. Sou tutora do Curso Técnico em Meio Ambiente, pelo IFET Sudeste de Minas Gerais - campus Rio Pomba e atuo como tutora de informática na E.M.Vigário Cassimiro.Administro uma escola de acompanhamento pedagógico.

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